É o mar... Tentei não olhar.Do outro lado, o lado esquerdoE lá estava o molhado mar.O mar, molhado, pareciaestendido como uma régua.Era o mar. A primeira vezque eu o via. Fazia frio.
As nuvens do céu
estavam pálidas, gaivotas
cantavam agitadas, e o mar
pastoso, leitoso, parecia
um peixe se agitando na
praia.
Engolir o sal da água
é esquecer a lição primária
de que a água do rio é doce
mais a água do mar é salgada.
Poderíamos passara tarde inteira se lembrandode cada onda golpeandoo rosto, o frio (ah, não eratão frio assim, se não não
teríamos entrado dentro da
água), parecia um lento
piano nos tocando, enquanto
sentávamos na areia para
escrever os nomes.
Poderíamos viver aqui
eternamente olhando as
águas se agitando com o
vento, observando os
pescadores e as lindas
meninas entrando na água,
dando gritinhos histéricas
e assustadas, afinal a água estava
gelada.
Por fim sempre encerramos
o livro que estamos lendo.
Temos que voltar e subir a cerra.
Que triste despedida essa,
pois o mar não responde nenhuma
carta que possamos enviar.
O viajante apunhala umpunhado de conchas,pensando em comércio,ou talvez apenas algumarecordação para em casaguardar.
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