Imagino a noite me cobrindo os olhos,
a noite do céu, a noite escura.
O pincel na mesa e as tintas na
cadeira das mesas, na cadeira o
pintor imagina o sonho.
O papel em branco é a angústia.
Indecifrável miragem, indecifrável.
A vida não se resume a gotas sobre
a tela imóvel.
O pintor não pinta imóvel.
Aprendeu a lição de pollock:
eu sou a natureza que se pinta.
O desenho está imóvel. Morto.
A tela expressa a vida.
A paisagem, o abstrato
se camufle em outros olhos.
No final se resume tudo:
uma assinatura, invisível, um peixe dorme.
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