sexta-feira, 11 de novembro de 2016

Outro


Eu era outro
pássaro.
O violão,
a agulha,
o som,
asas oceânicas.
Um dia,
outro dia,
o fogo,
o calor,
a neve,
o bravo
olhar de
reprovação
do amor.
Eu era
outro
pássaro.
Com a
mão sem
luvas,
com o
coração,
o negro
coração,
a coroa,
o sol sem
luz os olhos
dela
reluzindo
brancos,
puros e
escuros
como a
noite
luminosa
no japão.
Eu era outro
pássaro, voando
em direção ao
navio fantasma,
ao longe, ao norte,
ao sul, algumas letras
minhas se escreviam,
e só ela sabia me
interpretar andando
lado a lado comigo.

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