segunda-feira, 7 de novembro de 2016

Guarulhos


(2014)
Dormes sossegado
menino, mirando o
frio que mata outros
que não teus suspiros.
Amanhã amanheces,
e serás livro.
Vê aquela árvore nua
e solitária, encravada na
escuridão do coração e
vê que chora as horas
que não mais voltarão.
Agora menino cigano, ergue
os teus olhos além da casa
dos seus tios e mira o campo.
E chora: porque é boa a graça de
Deus.

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