para quevedo
Nasce a lua branca e morta
no espelho naufragado do mar.
Nas noites sinistras talvez chorar
te traga a lembrança da paz d' horta.
Nunca verei coisa tão bela
quanto os olhos escurecidos dela.
E se naufrago nesse navio,
do meio da praia te verei sorrindo
anja iluminada a me ver partindo.
Dá-me um tédio esse decifrar
dos teus olhos enegrecidos e orientais.
Melhor me é amá-la do que naufragar...
Melhor te ver do que não vê-la
na luz da cidade que escurece...
E antes que eu perceba, o dia amanhece...
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