segunda-feira, 7 de novembro de 2016

Impulso


Fiz um verso em
uma folha antiga
e a gaveta o devorou.
Meu coração não sabia
que aquela palavra me matou.
Fiz um verso em
uma folha amarelada.
Quis compor um jardim,
uma úsina. Só havia em
mim palavras que ardiam.
No final, ainda zombaram:
não leremos tuas merdas.
E no final estará a lápide:
ele foi feliz como poeta.

Nenhum comentário:

Postar um comentário