terça-feira, 22 de março de 2016

Só posso escrever sobre o amor.

Só posso escrever sobre o 

amor.

Para isso nasci: para te amar,
marinho, terrestre. 
Na superfície, na
lentidão do cosmo.

Te amar como uma
valsa pura e secreta.
Te amar sem lágrimas,
sem nuvens, sem terra.

Te amar e amar
repetidamente.

Por isso só posso
escrever sobre o amor.
Só posso viver repetindo
que te amo como um
pequeno crustáceo.

Vivo a repetir
que só posso viver
te amando e amando.

Te amando como
um galope de onda,
te amando como uma
ventania de rosa.

Só posso escrever sobre o 

amor.

Só posso amar-te e amá-la

com o único violino que tenho.
 Não posso te dar mais nada,


só te ofereço o que tenho.

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