Mais tu me
esqueceste junto da fonte
e do arbusto secreto.
E antes que eu te
visse te amei
sem entendimento.
Eras uma flor
indecifrável
feita para a
beleza quente
do deserto.
Beduína,
amiga das espigas
e do silêncio.
Decretei às areias
o teu nome de
morango, de
framboesa.
E sem segredos
ou runas ou
ruínas
fui te
amando
no espaço
e no cosmo.
Fui decifrando
cada parte
oceânica do
teu sorriso
de onda,
de onda
galopante.
Eras tudo e
eras nada.
Eras o mundo
e eras perfeita.
Como dizer-te
o nome
sem lembrar
nas areias
uma lágrima
secreta e
metálica?
Como não te
amar te amando?
Como não te
ter para sermos
o que só junto
conseguimos
ser?
Por isso te
digo adeus
em silêncio.
E do outro lado
do mar em silêncio
ouço sua voz
marinha a me
responder:
adeus...
Nenhum comentário:
Postar um comentário