domingo, 8 de novembro de 2015

O apaixonado

Xadrez místico, peça perdida, sonho
esquecido no espelho da lembrança.
Objeto raro, forma infinita de aliança;
setilha composta que exponho:

Essa é a chave que abre e fecha.
Seja outono ou primavera, ou outras
matérias inexplicáveis, atrás 
de outros sonhos imemoriáveis dessa brecha.

Mesma fenda que pertence a mim 

(e não a Jerusalém, como imaginaram);  
nesse jogo de luz e sombras me puseram

para marcar esse estado decifrável a mim.

Sua face estava em meu sonho e em minha frente: 
Minha enxadrista era minha companheira. 
(foto: ilustrativa)



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