Não me lembro do sonho, nem das auroras.
A sombra luminosa da cidade
partiu-se em duas faces desconhecidas.
O nome da lembrança tornou-se um sublime
esquecimento. Para mim, tudo fazia sentido.
Aquele silêncio, o luar, a rosa abandonada
no jardim, as ruas silenciosas, as metáforas
dos sonhos, o amor esquecido.
Quem sabe tudo não passou apenas de
um enigma indecifrável do rosto inlembrável
do universo?
É a mesma moeda essa face, esse rio,
essa lua ardente dos seus olhos
(que já não me lembro e tanto amo).
(imagem: ilustrativa)
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