terça-feira, 3 de novembro de 2015

Não me lembro

Não me lembro do sonho, nem das auroras.
  A sombra luminosa da cidade
  partiu-se em duas faces desconhecidas.
O nome da lembrança tornou-se um sublime 
esquecimento. Para mim, tudo fazia sentido.
 Aquele silêncio, o luar, a rosa abandonada
 no jardim, as ruas silenciosas, as metáforas
 dos sonhos, o amor esquecido.
  Quem sabe tudo não passou apenas de
 um enigma indecifrável do rosto inlembrável
                                                                do universo?
É a mesma moeda essa face, esse rio, 
                     essa lua ardente dos seus olhos
(que já não me lembro e tanto amo).
(imagem: ilustrativa) 

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