O pequeno menino andaluz
O pequeno menino andaluz tinha um sonho.
Lá estava a montanha que ele sempre desejou escalar. Ouvia histórias de que um dia, certo rei mouro, ali colocou um tesouro, e que muitos desejavam encontrar, sem nenhum resultado. Mas ele seria o primeiro a encontrar o tesouro.
Com muito cuidado ele começou a subir a montanha, sempre imaginando as riquezas que lá encontraria, porque como nós todos sabemos, os mouros antigos depositavam muitos diamantes, ouro, jóias em baús antigos, e que essa fortuna inestimável era a fonte da riqueza de seus impérios.
Com esse pensamento o pequeno menino andaluz subiu a montanha com seu cajado, que herdará de seu pai, um homem simples que nunca sonhou com tesouros, e vivia sua vida no amor de sua família.
Quando ele chegou no topo, se deparou com uma rosa vermelha. Uma única rosa, solitária, que olhou para ele. E ele olhou para ela.
- Bom dia senhora rosa. Escalei essa montanha em busca do tesouro de um antigo rei mouro. Gostaria de saber se voce sabe onde esse tesouro está.
A rosa olhou no fundo dos olhos azulados do menino, e reconheceu que sua alma tinha a virtude dos sonhos, e a fé dos guerreiros da reconquista. E então lhe disse:
- O tesouro, pequeno menino, não é aquele que perece. Não é prata, nem ouro. O tesouro é aquilo que seus olhos alcançam. O verdadeiro tesouro é a fonte de Deus.
- E onde está essa fonte?
- Onde está o seu coração, aí estará a fonte de Deus.
Então o pequeno menino andaluz olhou os quatro cantos da terra, vendo a natureza. E entendeu que o Amor que sentia em seu coração era o verdadeiro tesouro. Ele não precisava nem de ouro, nem de prata. Pois estava vendo verdadeiramente a fonte viva feita por Deus.
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