quarta-feira, 13 de fevereiro de 2019

A serenidade das coisas


Vi nos sonhos
galhos e cabras.
Uma estrela na
bandeira n'uma
lágrima de nada's.

No outro extremo
uma mesa, uma faca.
O pão cortado era
petróleo e cachaça.

A serenidade das coisas
se movem como carros,
respiram como anjos,
na respiração da enxada.

Das coisas que os poetas
do nordeste ao sulismo
cantam sem desenvoltura:
tudo rima com hijo de puta.

Mas sentado aqui e lendo
o poema e o sol das coisas,
nesse sal que há no mar
e nos beijos das mariposas.

(Avaí, Bauru)

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