Fato: tendencia ao caráter da meditação
(A)
O mundo sempre está em ebulição. Não muda. O que hoje é novo, tornar-se-á velho, e o velho mais velho irão dizer que é mais novo que o próprio NOVO. Essas coisas são simples de ser analisadas, mas completamente difíceis de serem expostas em palavras.
A palavra certa, a frase correta, pode-se esperar anos por elas; ou por algo, um acontecimento que nem sequer aconteça (feito pela imaginação).
Filosofar é sempre evitar algo, é não definir. Tenho, em particular, um ódio imenso por pessoas que se dizem interessadas em filosofia nessa nação miserável, e quando me coloco ao diálogo com elas, noto que o infeliz sujeito apenas tem conceitos definidos, e quer se supor filosofante.
Um exemplo?
Eu daria até vinte, porém, um só basta:
A questão dialoga da existência ou não existência de uma deidade Superior (DEUS). Como dialogar com uma pessoa que já se definiu como "ateu", pôs uma fechadura no conteúdo (Deus não existe), evitando com sua afirmação, a ideia central da filosofia?
Ou mesmo aqueles que afirmem que Deus exista, sem entender, investigar, sem ao menos tentar explicar, com argumentos sensatos, esse existir, apenas dizendo como fechadura (Deus é uma questão da minha fé).
Ora, faça-se o favor. Além do Brasil ser um país feudal, atrasado, pobre e governando por ladrões, nem mesmo pessoas com diplomas universitário, sabem de fato o que aprendem numa faculdade, especialmente a de filosofia.
Não estou sendo hostil a nenhum ponto de vista, apenas observo com muita atenção o ambiente social da cidade em que vivo, e leio muitas coisas que faz os meus pensamentos girarem de interrogações sem fim.
Não é pensar o que move a filosofia?
(B)
Quando digo que esse país é atrasado, me refito que o trabalho intelectual, sempre foi e o é pelos países como esse de origem latina, a serem menosprezados e vilipendiados pela maioria.
É da nossa região que surge a frase "por que estás pensando na morte da bezerra?"
Essa frase, que tem conotações negativas, sugere que o trabalho pensante e intelectual, não é grande coisa, se comparando com o trabalho braçal.
Pode até ser.
Eu me servido dos dois, e ainda me sirvo; e a vantagem de um sobre o outro é de nenhuma.
A filosofia para mim está no mesmo campo da economia, ou seja, é uma ciência especulativa, caracterizadas por investigar teoricamente e não praticamente).
Ou seja, não pode ser explicada através de uma ação prática, porque faz parte do campo do estudo teórico.
A etimologia dessa palavra, que provem do latim "specultîvus", sempre me pareceu particularmente soberba.
Eu que tenho em minhas veias bom sangue israelita, sempre achei fascinante a especulação, porque sugere a análise, o debate, o uso da imaginação, e o diálogo que sempre caracterizou a própria filosofia.
Agora tenho uma tendencia a colocar (como diria Jesus Cristo) fogo na terra, mesmo já estando aceso.
E se isso não é especular, digam-e o que é: como pode um banqueiro que não faz nada em 24 h/ por dia, receber mais dinheiro que um pobre operário que trabalha muitas vezes superando essas horas?
Irão dizer, que o banqueiro é a especulação e o operário é o trabalho braçal...
Mas eu conheço banqueiros que nem sequer sabem usar o idioma nativo corretamente e operários que sabem mais de quatro idiomas. Como diria Salomão: tudo isso é apenas vaidade.
(C)
Em um mundo falso e representado como o nosso, essas coisas são de valor nenhum. Apenas é o retrato injusto de um sistema maligno, que somos forçados a co-existir. Não é interessante que o próprio Cristo diga que tantos os bons quanto os maus recebem a mesma Chuva e a luz do mesmo Sol?
Estou me estendendo muito em um texto que devia ser curtíssimo.
é que quando a mão segura a caneta sinto uma eletricidade percorrendo o meu corpo, e o espírito da Sabedoria Judaica, me enche as veias de inspiração, e começo a tecer o meu pão (minhas palavras), sem medir muito os assuntos com cautela (como faria qualquer raposa).
Ou, como eu diria: o deserto, ainda continua sendo deserto.
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