domingo, 23 de abril de 2017

Decifrando o mistério



Esse ar noturno
essa mariposa escura
aquela estrela apagada
o lampião aceso no

fim da estrada no fim
tudo isso é apenas o
vento passando no
galope das minhas

mãos manchadas de
tinta pó constelações.

Se tudo isso vale ser
as asas de um pirilampo?

Ou a agulha seja o 
véu ou o véu seja uma
mesquita ou a mesquita
seja uma igreja e a igreja

seja aquela marca que
me marcou quando o 
silêncio me tocou em
tua boca morena e negra?

Não será isso nada ou tudo?
E o que poderá ser será?

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