Esse ar noturno
essa mariposa escura
aquela estrela apagada
o lampião aceso no
fim da estrada no fim
tudo isso é apenas o
vento passando no
galope das minhas
mãos manchadas de
tinta pó constelações.
Se tudo isso vale ser
as asas de um pirilampo?
Ou a agulha seja o
véu ou o véu seja uma
mesquita ou a mesquita
seja uma igreja e a igreja
seja aquela marca que
me marcou quando o
silêncio me tocou em
tua boca morena e negra?
Não será isso nada ou tudo?
E o que poderá ser será?
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