quarta-feira, 13 de janeiro de 2016

Canção do sino imaginário

Quando repicar o sino
imaginário da minha alma
feita em fragalhos frágeis
avistarei fantasmas e estrelas
que distante vibrará no cosmo.

Obscuro será os lados
do felino pelo que encobre
algumas badaladas do relógio
que marca quando o sino
(esse infinito incontido)
deva repicar dentro da
minha alma feita em
fragalhos frágeis e
suaves.

Quando repicar!
Quando repicar!

E a canção irá em todas
as direções envoltas do
meu corpo de marinha,
de luz, de fogo, de mel,
ou seja, tudo o que possa
ser poesia: estarei em outra
ilha que não está.

O sino repica!
O sino repica!
Badala, balada
a espada do peixe-espada.

Então serei um, então contigo
seremos um só, um sol, um
peixinho frito no pesqueiro.
Pescado como uma borboleta
no anzol cinzento do poema.

O sino, o sino!
O sino, o sino!

Quem diria, quem diria
que esse seria o sinal do
eu-menino fixo na parede
da lembrança incontida.

Quem diria, quem diria
Que o sino repicaria?

Quando repicar o sino
imaginário da minha alma
feita em fragalhos frágeis
avistarei fantasmas e estrelas
que distante vibrará no cosmo.

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