1- Amor, não confundas sua dor com o meu amor.
Amor, não confundas sua dor com o meu amor. Veja as algas do mar e lembre-se de meus olhos de baleia triste sonolenta. Das trovoadas que surja em ti a minha recordação de baleia pelo oceano e de novo digo que te amo. É entre rochas, pedras, nuvens e árvores que seus braços vão me prender a seu corpo. Não terei deixado a tua boca solitária para a brisa. Serei
seu e serás minha
e isso já bastará para seus beiços de leoa me atacarem de paixão
que jorra desse seu coração aberto no espaço.
Amor, o que confundes com dor não é amor. Teus olhos me lembram duas
raias solitárias, perdidas no oceano. Onde confundes tua boca com a fera
felina e com teus olhos brotam as raias perigosas que me prendem a teu amor e é o fogo do teu calor que abrasa meu peito.
Amor, não confundas a dor de tua carne com a paixão do teu coração. Sou
seu
e és minha. Não diria isso se não fosse verdade (está tão tarde).
Amor, de teus braços não quero me afastar, então quero me entregar
e me entrego na tua pele viva de mulher apaixonada
e o espaço reflete nossos beijos nas trovoadas
de tua boca viva e na minha boca em chuvas de lava apaixonada.
2 Diria que te amo, o que seria tolice
Diria que te amo, o que seria tolice, já que amas outro.
Talvez seja essa a verdadeira fonte do amor. Mais quem sabe
um dia olharei os astros distantes e seu sorriso se confundirá com
alguma nebulosa perdida, que em meus braços busque repouso.
Diria que te amo. E digo isso: te amo com todo o amor do meu peito. Mas buscas o amor de outro que não te ama. A minha chama perto de ti e você busca outra brasa para acender seu coração. Não seria uma mágoa e nem vingança te esquecer e dizer com palavras exatas que não te quero
e não te amo. Digo apenas que te quero e que te amo. Pode ser tolice o que
guardo em mim
e que ao mesmo tempo as estrelas me dizem para buscar outros caminhos... Mais te amo e isso é tudo. É a brasa mais quente do peito, a profunda como as águas fundas do oceano. Mesmo sendo tolice eu direi: eu te amo mesmo que não me ames, mesmo que busque em outro o amor que tanto quero te entregar. Mesmo que seus braços não me toquem com a paixão verdadeira
eu direi que te amo, pois só assim saberás que meu amor não é sonho e
sim realidade. E te amo nas profundezas da verdade (mesmo estando tão
tarde).
3- É você, trovoada branca de olhos negros
É você, trovoada branca de olhos negros
que me enche de alegria e contenta o calor de minha pele.
É você, que vejo distante e se aproxima docilmente com calma sobre a relva profunda dos meus olhos... Em teus olhos eu sou teu e minhas
noites são sua boca de mariposa selvagem.
Voas, voas sim, mais voando não sabe que adentra meu peito
de tigre apaixonado. És uma presa minha, és minha carne suculenta e não és minha sendo minha e sendo minha não serás de mais ninguém a não
ser minha. Porque te amo e te quero por entre o céu escuro de profundo rancor (mesmo rancor da tristeza do mar). Vem voando por entre os sonhos abertos. É você e mais ninguém é você o habitat perfeito para a iluminação de minha boca de iguana. Deixa-me descansar por entre as selvas de sua beleza e de seus seios. Não serei lua e não serei topázio. Serei tudo o que quiseres e disseres. Serei teu e isso bastará para provar meu amor.
Por entre rochas, tempestades, te amarei puramente na eternidade
e quem disser que não és de ninguém, gritarei ao som do infinito do espaço: és minha, e eu te amo.
Boa sextina da meia-noite.
O que é névoa, pode ser muito bem beijado.
Um coração pode valer mais que qualquer coisa
(mais cuidado com teu amor, ó moço e moça). Não
devemos alinhar nossos sonhos em questões de tristeza
NÃO ESQUEÇAMOS DE NOSSAS VIDA.
Lá no meio da avenida, talvez ali eu deva encontrar
alguém que venha molhado, após estar no mar.
Mas dormir na escola faz bem para os menos atarefados
(a televisão não é o cinema reinventado?).
QUANTA DESCONEXÃO DESNECESSÁRIA.
QUANTA DESCONEXÃO DESNECESSÁRIA.
Esse mundo é muito aberto
e é tão fechado. Que mundo deserto é esse?
É preciso caminhar para não se chegar a nada?!
Perdoe, é que é preciso desesperadamente viver
para abraçar alguém que realmente valha a pena:
Helena.
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