É ali o amor:
o fim
o recomeço
agora amanhece
junto das
andorinhas
o teu sorriso
de cristal
e eu conto
as nuvens negras
e brancas... Choverá, sim, choverá
E o seu sorriso há de me secar
me levando ao paraíso de um beijo
De um beijo puro, de um beijo acolhedor
Vês?
Começa ali o amor e ali mesmo se acaba
Torturado da mais profunda alegria
Rancoroso de saudade da mais bela das melancolias
Que são teus olhos, teus seios, tua face de morango!
E você é apenas o caminho que me atravessa, amiga,
por que de amor
criamos e fizemos tantas e tantas rimas
que o próprio já nem sabe se quer ouvir canções
Não as escute-as então, perdoe-me, sou poeta frágil, carente de tudo
Mais carente dos teus olhos e dos teus sorrisos luxosos e de beleza extrema.
Regressa do teu sorriso o meu amor
E tua língua se une ao céu da minha boca (caças em meus dentes estrelas?).
E como expressar o meu carinho por ti, ó abelha dominadora
Eu não me envergonho de ter-te amado e de ter aprendido tudo e nada contigo.
Começa ali e regressa do mar
Com teus sorrisos de água-viva
E a onda do teu corpo me sufoca de prazer
E eu me entrego todo ao seu mundo, nas suas nádegas de mulher-total
De mulher que é mais que mulher
De mulher que tem jeito e mistura de mulher
Mulher de elegância prazerosa, de meninice feminina.
E eu juro que eu não te amo, assim posso te amar profundamente sem
pertencer a você e nem você pertencer a mim...
E estamos unidos e afundamos nesse mesmo mar gelado, nessas mesmas águas
De gozo e gêmidos que vão além de mim ou de você... Só nós dois, eu e tu e você eu.
Silencia-me com teus beijos....
Ali ou lá há uma lua nos mandando ir para o inferno.
E eu transo contigo de baixo das muretas carnais de Vênus.
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