quinta-feira, 2 de outubro de 2025

O Poeta e as Estrelas



Deixei a pena, cansado de versos,

E guardei o mundo em silêncio pesado,

Como quem fecha portas e janelas,

Escondendo o fogo que ardia em mim.


O chão parecia menos amigo,

O vento sussurrava em vão,

E até a lua, branca e calma,

Parecia dizer que não havia mais luz para mim.


Então olhei para cima,

Para o céu estrelado e distante,

E cada ponto cintilante

Era um convite que eu não podia recusar.


As constelações sussurraram segredos antigos,

Palavras esquecidas que dançavam no vazio,

E minha mão, esquecida da poesia,

Tremia novamente sobre o papel imaginário.


Pois não se abandona o poema que habita o peito,

Nem se silencia o eco das estrelas;

E assim, mesmo cansado, renasci,

E o verso voltou a caminhar comigo,

Como quem nunca partiu,

Como quem sempre esteve esperando

Entre os mundos e os sonhos.



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