Combate Cultural

 Combate Cultural

para os sábios do Japão, China e Coréia, e para toda a humanidade!

Ah, escrever poesias, que tolice, 

mas os valores em usos de um poeta 

podem ser transformados em 

Pinturas japonesas realmente formosas, 

Queria eu ser como um dragão, Mariane Moore João Cabral, 

eu diria que escrever é deixar o fluxo da imaginação

 partir para além das metáforas humanas. 

Posso, posso, posso te amar e devo te amar.

Deixa o Poeta dizer o que quiser, descrever

qualquer coisa: Cristo, Buda, os dias da

existência em que ele chorou,

as Poesias Perdidas da China que

um dia escrevi e mostrei ao meu tio

que não tinha uma opinião mais valorosa

do que dizer que Cristo foi vendido

por 30 moedas de prata, e eu que

não valho nem uma, porenquanto aprendi

dentro da Igreja protestante que

Deus se sacrificou para nós todos,

não foi isso mesmo que me ensinou

a cartilha da Bíblia? 

Deixa, deixa o poeta dizer suas verdades,

 ou suas asneiras, seja lá quem lê

Neruda, Suassuna, Borges, Picasso, claro,

e eu, nem é válido dizer que tudo é Poesia, se qualquer merda pode ser poesia, ou a poesia não é poesia, e o que interessa são os não-poemas que serão compreendidos além do tempo.

Dá um conselho aos poetas novos,

dirão que todo poeta é um esquisito vestido de preto, 

esse não é o retrato preciso de um urubu em cima da Sorte humana? Deixe

intensificando seu interesse pelo ritmo e encoraje suas excentricidades rítmicas

para que catedrais imensas, Templos de priscas e longínquas datas

entrem dentro desse coração de amor, em serenatas que canta a aleluia virginal das crenças e da própria descrença

onde ele mesmo, esse coração, ah coração, ri! Coração, tristíssimo palhaço,gargalha e ri nesse imenso riso absurdo, inflado de ironia violeta, de gargalhadas tristes, agonias, vandalismos lentos, convulsionando a alma nessa sarjeta.

Ah, Poeta, toma o pincel e pinta o teu quadro enigmático

feito de Cubismos voluntários e imensos surrealismos impressionistas abstratos e simbólicos,

porque o tempo há de corroer tudo, e em tudo esfarela

o papel onde a caneta amarela escreve o poema que o nome dela deixa inscrito, ai de mim, ai de mim, se eu pudesse ser um dragão ou um camaleão

e viver sobre os olhares Divinos sem pecado algum, porque eu sou um devoto Cristão, um devoto Judeu, um devoto Muçulmano.

Porque eu sei que a imaginação Humana é um cavalo sem rédeas

apenas controlado por Deus.

E esteja dito o que eu disse.

Ukiyoe