segunda-feira, 15 de outubro de 2018

Um dom



Para mim, que me perdi
Nos sonhos extremos e conjunturais
Quero cantar com o frescor da manhã que surge as antigas lembranças da Espanha
que me jaz ser Islam e Cristão.
Dentro desses muros de espadas
sei que há um sol e um lugar obscuro.
Eu que um dia serei o Judeu
lapidador dos mundos, hoje sou
Apenas o poeta que se senta
Entre o nada da dor e a Alegria
e vejo nos espelhos as armadilhas
Que a beleza faz questão de enganar
porque os divinos seres dão risada
para o formoso homem musculoso
que irá se estrunchar e a linda
princesa andaluza que a face
(eles sabem)
envelhecer'a.
Porém a isso o Destino conta
Aos homens que nada se separam
Dos livros ou da vida.
Que todo o fim da alegria é tristeza
E o fim do sofrimento é Alegria.

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