-para elias canetti
Em cima da mesa
onde já não está sonho nem lua.
Com letras antigas e confusas,
semelhantes ao arcaico húngaro.
O vento passa por cima
da casa de madeira, sem
saber que o pobre velho poeta
tenta escrever à sua maneira,
suas sagradas besteiras.
Entre a mão e a caneta,
sob a luz do sol marinho,
chora amargo no Purim judaico
Mordechai com seu
pergaminho.
Avaí, Outubro / 2018
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