terça-feira, 2 de outubro de 2018

Orgulho



Quando passei pela primeira vez na frente daquele Jardim não reconheci o seu nome. Deixei que os pássaros Cantar Sem que eles queriam cantar e mesmo assim fui passeando pela rua onde reconheceram o seu rosto.
Naquela tarde eu me lembrei que o seu nome talvez fosse Julia, mas as lembranças da minha mente estavam muito embaçadas e eu jurava que a face do Tigre que me espantou era a mesma que não dava os meus sonhos.
Mesmo assim eu pensava que cada flor naquele Jardim poderia revelar o mistério da criação de Deus e da vida. Pode ser que aquelas plantas vermelhas, brancas, amarelas, contivessem a verdade da existência que segundo os teólogos só poderia ser achada na Bíblia ou no livro sagrado do Alcorão.
Eu que sempre fui muito incrédulo nunca desconfiei que aquele Jardim fosse a porta perdida de um paraíso onde Quevedo escreveu o mais belo verso que poderia ter inventado, e Milton imaginou todo uma ordem completo para por em seus longos versos.
Aquele Jardim já não existe mais porque foi destruído pela chuva. Naquela tarde em que eu andava sozinho e Solitário com apenas uma moeda no bolso, pude perceber que o vento que soprava sobre as flores brancas queria me ditar alguma mensagem Divina que eu não conseguia decifrar.
Por fim cheguei em casa. E me disseram que havias morrido.
isso já não importa mais porque já não me lembro do seu nome no meio da noite e sei que aquele Jardim Místico já não existe.

Nenhum comentário:

Postar um comentário