quinta-feira, 9 de agosto de 2018

Ode ao frio


-para adélia prado

Frio, ardente fúria
do vento agreste
do meu coração.

Frio, sem direção,
sem taça, sem navalha.

Frio, doente de águas
pálidas e geladas
como a escama profunda
de um peixe azulado,
ou semente.

Frio, ardente fúria,
água ou pluma sutil. 


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