terça-feira, 16 de junho de 2015

amor


Ó amor:

vê esse
rio, 
es
se
poço
de
sepa
rações.
Amor,
tu e eu,
como lua
como sol
como nuvem
vem ver o vento
amada dos rios.
Vê, sente
no seu
corpo
a trepidação
oceânica,
a maré inchada
de luz e de sal
descansa nas
areias do amor...
Descansa, donzela
descansa pois o
mundo gira e gira,
gira como a panela
de pressão pressiona.
Pressiona os
teus lábios
sobre a
minha boca
sobre a 
minha língua
ouve as palavras
de amor que jorram
da minha poesia
(es
qui
si
ta).
Mas entende
pela última vez
pela undécima vez
pela infinita vez
que eu te amo
любовь!

(foto: colagens com litografia de chagall) 

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