terça-feira, 2 de junho de 2015

tentativa de poema

Se alguém me viu
perdido no campo
ou na rocha ou na
nuvem branca da
tempestade cinzenta,

sabei que estou perdido,
sabei que estou esquecido,
sabei que estou encontrado.

Esse chão  que piso
não é o chão da Malásia.
Mas o que acontece no chão da
Malásia é tão meu quanto
o que acontece no Brasil
é tão seu...

Erguei as mãos
poetas oceânicos
aventurai-vos por
Sipadan, por Macau,
pelas florestas tropicais.

Não me tirem da minha
toca: estou aqui quente
de poesia, de pão, de fermento,
de farinha, de fumaça, de lágrimas
ardidas.

Estou aqui e não estou.
Estarei sempre aqui antes 
do fim das estrelas azuis.
Apenas estarei na minha
província, sonhando com
todas as nações da Asia. 
Resultado de imagem para asia
(foto: ilustrativa)

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