sábado, 14 de junho de 2014

Tudo o que é
me falta por completo...

Por isso é que vivo a estar no presente
perseguido pelo sonho e pelo
passado 

Me faltou não ser
para ser por definitivo.
Por isso sou isso tudo:
um quase nada absurdo.

Faltou-me ontem horas tantas
E sorrisos tantos também faltou-me.
Faltou-me deus em madeira de igreja,
e faltou-me fé nos mendigos e nos açougues.

E agora Alma? E agora Corpo? E agora Espírito?
Que fazer se tudo o que se tem é sentir o sofrer?

Por completo, isso quero ser, todo inteiro.
Por isso senti essa luz apagando-se no escuro,
Esse deixar-se ir pelo mundo vagabundo.

E agora?
Agora é que é que eu espero: que venha, que venha antes de vir
Que chegue, que chegue antes de entrar
E que não se demore mais nenhum minuto
E que não falte mais nem um momento.

Não é completo
Será completo quando for.
Por enquanto só a lua vagabunda no espaço reflete o sol
E nós todos, mortos de vida, vivemos o que nos cabe!

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