Controlador de homens,
deus louvado
pelos bancos
nas cidades tristes,
És grande, feito de papel
(que não fez
livro algum, mas o compra),
És tu, óh dinheiro.
Caminhas pelas mãos,
pelos bolsos, pelos
olhos, pelas bocas.
Quem não tem o quer
E quem o tem o quer em dobro.
Óh César, é na cédula o teu eterno rosto?
E é Deus que é louvado em seu canto?
Dinheiro, controlador de todos
homens pobres
caminhoneiros,
comprador de
alimentos,
desfazes
sofrimentos
fazes sofrimento.
És tão precioso
Que não és fezes, óh dinheiro.
Fazes, isso faz, o que o operário ganha:
tijolo, vem de ti, faz casa
comida, vem dos mercados, pagamos com
tua carne, óh cédulas, os ossos dos nossos alimentos.
Sim, dinheiro, não precisamos brigar mais,
já compreendi o que o seu significado é.
Não me domines, mas fique ciente que te conheço,
Óh fezes abstrata!
Mal-amada, mas preciosa e usada!
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