Para que saibas que sou, te amo com todos os direitos do amor.
Amo-te óh amada minha, e comparo-te a primavera,
Que chega e entra como quem já é bem-vinda, pondo-se
Em sorrisos na porta da casa do coração com alegria.
Para que aprendas que sou, te amo amada minha.
Por que a brisa da tua boca me feriu as mãos.
Sangrei de tristeza, sarei-me de tanta alegria.
Percorri os mares até chegar a tua boca, os céus dos teus dentes.
Perdi-me em ti, e tu me encobriu de ternuras.
Fui teu, foste minha. E depois? Depois raiou o reflexo do sol na lua,
E todos clamaram nosso nome na escuridão vazia.
Amada minha: sou tanto que já não me aguento de me ser,
Por que tudo que faço me leva aos teus braços, aos braços alheios.
E com a primavera do teu corpo me contento em provar o teu mel silvestre.
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