sábado, 14 de junho de 2014

Para que saibas que sou, te amo com todos os direitos do amor (soneto)

Para que saibas que sou, te amo com todos os direitos do amor.
Amo-te óh amada minha, e comparo-te a primavera,
Que chega e entra como quem já é bem-vinda, pondo-se
Em sorrisos na porta da casa do coração com alegria.

Para que aprendas que sou, te amo amada minha.
Por que a brisa da tua boca me feriu as mãos. 
Sangrei de tristeza, sarei-me de tanta alegria.
Percorri os mares até chegar a tua boca, os céus dos teus dentes.

Perdi-me em ti, e tu me encobriu de ternuras.
Fui teu, foste minha. E depois? Depois raiou o reflexo do sol na lua,
E todos clamaram nosso nome na escuridão vazia.

Amada minha: sou tanto que já não me aguento de me ser,
Por que tudo que faço me leva aos teus braços, aos braços alheios.
E com a primavera do teu corpo me contento em provar o teu mel silvestre.

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