sexta-feira, 30 de agosto de 2013

barroconovo

onde tudo está nada está se encontra pronto ponto
enquanto procuram re-procuram não procuram
e recomeçam o recomeço do começo do mês
que meço peço repeço impeço que peço não
meço desmeço  peço repeço impeço que peço
na matinal manhã da noite viva dia calma strela sol.
nesse recomeço recomeçando recomeço medindo o metro
que não peço impeço repeço e peço: mire só na
strela guia guiando guiará que deus te guie porque
quem guiará é quem tem o trajeto na cabeça e deixa
que não deixa e re-deixa a gueixa japonesa um poema
inspirar de inspiração de respiração de transpiração
um negro punhal enfincando enfiado fincando na carne
misera miserável miséria mistério miss quiero que quiero
e refuça e fuçadesfuçarefuçadespuxapuxarepuxarespuxarespirando
trovador trovando e ai passando no significando extenso da extensa palavra
não-rimada e rimável. onde tudo está nada está se encontra pronto ponto
e repondo a repõe e põe e despõe e quem foi que disse que não disse
y na trajetória fixa fixou-se na folha no papel no branco no
azul prata negro verde peixe passa prata ainda antes do ano
novo ano novo dia re-dia redizia redigia re-me-via e queria
não me querendo requerendo o novo onde tudo está nada está
que deus te guie porque o guia tem que saber guiá para se salvar.
e fica preso nisso tudo o que digo e não digo e que digo me digo

pronto ponto: está já disse está já tudo está já disse dito.

II

isso não é um livro isso já não é nada é apenas desfunções
rejunções que quiero livre leve lebre livro leve isso não é um
one book is not is not bright on live life is one libro isso é
não é se é quem é não é de pé que é não der não deu se
deu não deu foi e deu que deus te deu e se ele não deu dará
e se não dar não adianta isso não é um livro é um livro quem
foi que disse que isso não é um livro já que isso é um livro
não para ser lido ou relido mais lido e relido e se lido for
relido não será lido quero que seja um lindo lido e que seja
fixo a fixação da fixação de um olho dentro fora dentro dentro
centro
lá de dentro quero que seja um vento e não é coisa de gênio
e quero que você me diga se não diga não diga me diga quem é
quem não vai dizer agora a hora ahora não sou eu sou eu é você.
isso não é um livro foi o que eu disse mais você não disse e eu ri
nisso tudo eu não entendi nada mas nada é nada que é algo mesmo
assim eu já terei notado que isso é coisa de otário e
você vai dizer pela 

primeiríssima vez que isso não é um livro é 
uma mensagem para não 


ser lida e sim re-lida quando não lida.  diga: isso é ou não é um livro 

ou uma mandinga ou uma siringa. quem disse que o agora o diga.

III

meu poema um despoema que lema é a arena do poema que luta reluta
no invento do vento que passa ex-cêntrico no centro do sem estar dentro
que fica por fora e fica por dentro quando não se há luz reluz e seduz mais
alguém diz que o meu poema é um despoema um quase-lema um não poema
assim o meu rigo faz falta e me afasta na escuridão da lu(Z)minária
e um poema único dimensionado em quatro partes: dipartequatrofaces e ninguém
a não o ego do eco que quer escutar e trabalhar sem ninguém duvidar
na duvida do meu poema eu começo um outro e refaço outro que é o mesmo
mesmo sendo o mesmo já é outro que não sendo outro se torna outro de si mesmo: simesmosendo.
alaga meu livro o meu livro se alaga nessas palavras que não são o livro são o poema do livro
que não existe (existo) mesmo duplicado é o mesmo simesmosendo sendo a si mesmo não o sendo.
fita a flecha a rosa o ser o pássaro a escultura o laço a cor do amor da dor do suor e fica inscrito
subscrito reescrito descrito submetido sub-invertido  dessa luta com ternura e bravura que
é um descaminhar caminhando pelo mar, pela areia branca e pela companha da desilusão terna
que não é eterna e sendo quase mesmo certa é tão (a palavra certa é a palavra incerta?)
e nessa correção da brancura safadeza safra a ninfa fauna passa no poema dilema esquema
e teorizo alguma coisa que de novo se torna uma fórmula nova e desforma e reforma tudo de novo
o poema que é meu poema é um breve bravo saco um despoema sacro.

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