segunda-feira, 22 de abril de 2013

Matéria

Em diâmetro de lirismos vivos
Como um fagulhar em plena noite
Ao brilho suavizante de estridente
A matéria não me seduz: sonho.

Uma letra apenas me revela o
Sofrimento d' uma alma inteira:
Além me aquieto de não me saber
Para quem não renega o mundo além
Que o túmulo será descanso, sei!

FOGO! FOGO! Fogo de intensa
Chama celestial: saboreio o
espírito na matéria que me
sele sentir a alma desse jeito:
em consciência cósmica: E SOU NO ENTANTO, MATÉRIA.

Do pó irei, eu sou o pó, eu sou o osso
E sei que isso está dentro de mim
E que significação tens quando digo:
Ave, vida sem interesse, mata-me
Que não quero viver sem sentido,
Pois agora sofro em dizer, deixa-me
Viver o que me resta viver, porque
Morrer, ah isso sei que irei
E apodrecer a matéria da
Carne que sou. Sou o que sou
Porém não sei o que sou, como
Afirmaste aquele que tem a palavra:
Jesus QUE É, ó diante de ti pai
Algo sei que sou...

E da dúvida que surja a razão
Para que eu não exale e viva
Na tristeza da podridão
Das vísceras (e do coração).

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