quarta-feira, 26 de dezembro de 2012
Ópera
Esperei no sonho um prazer que não veio
Mergulhei nas sobras que me acompanhavam
E vi seu rosto no espelho da mágoa do amor
(porque todos poetas moços gostam de sofrer por amor?
Tolos! Só se sofre Por amor quem realmente é correspondido. Tolo!
Nem sei mesmo o que digo.
Tudo muda mais uma vez
Até os astros do céu mudam de vez em quando.
Só eu não mudo. Sou eu mesmo
Sempre repetitivo, sempre o mesmo lamento
Sempre o mesmo poema, os mesmos sonhos
Os mesmos amores, as mesmas mulheres,
os mesmos caminhos, os mesmos dias e as mesmas horas.
Chega disso, eu peço e imploro de uma vez
Por que eu não consigo dormir mais
Porque eu não vivo e nem vivo o meu sonho. Sou o sofrimento da noite.
O que estou dizendo? Nem consigo entender.
Queria estar ao seu lado. Só escuto apenas... o silêncio
e o barulho da televisão. Ó santa modernidade
que não acaba com minha solidão
Ó coração que sofre sem razão.
Saudade de tantos e tantas
Saudade de um bem que não volta.
Estou morto e disso eu já sei
O abutre já me seguia no berço. O meu desejo era de ama-la
E não mais a verei.
O meu tempo é grande
e mesmo assim me parece tão curto.
Nada nas mãos, nenhum dinheiro
Nenhum verso bom, nenhum amigo
Nenhum amor, nenhuma lembrança
boa e ruim são só lembranças
E ESQUEÇO-AS...
Sou milhões em um
Sou luz e trevas
Sou dia e noite. Não sou nada
Tenho tantos amores
Não tenho nenhum amor... Sou apenas o absurdo
De que é uma pessoa nesse mundo...
Não teno nada a dizer e nem a esconder... A pureza dos meus ossos
Corroem a pureza da minha carne. I am the boy in hell worl. My life is the sky
eu não entendo nada... tudo tudo me escapa... Sou apenas um humano...
Quem me derá dormir agora
e descansar nessas horas
que me restam...
Não quero ser mais nada
Chega! Não quero usar gravatas, nem roupas burguesas
Não quero nada.
Vão pro inferno e vão tomar no cu seus filhos da puta.
Esse é o meu lema e o lema da lua, do sol e de plutão.
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