segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

soneto duvidoso


Tantas luzes diante е de tão poucos olhos
não respondeu minha dúvida abstrata:
quem é que do escuro pode tocá-las?
As sombras da dúvida cosem m' alma...

Sou apenas isso: o resto de mim.
Mas se eu mesmo me hábito
Não me cabem Tantas  Luzes
que reluzem. E minha pergunta é minha insônia.

Cansa viver assim. Viver assim
Basta tanto para não viver. Colho o
restar de mim: o meu sobreviver.

mágoas, prantos, luzes
isso tudo é deixado no caminho
apenas isso... apenas isso...

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