sábado, 11 de agosto de 2012

Anti-crítica musical, for experimentação OK


 O dia hoje passou rápido (mais rápido pra mim do que pr' outros). É uma inválidez nascente em m' inha alma que eu acho que estou com asthma. Não... é terrível essas coisas: misturar prosa com chocolate quente, e música com palavras cruzadas. É horrível mesmo é sentir que o nada da vida é apenas um nada e umas coisas assim, sem compreensão não valem não m' inha opinião ou a opinião do Teatro Opinião. Eu vou dar m' inha opinião mesmo assim, porque eu estou me sentindo meio anos 50 e isso me deixa completamente anos sessenta e eu tô no século xis xis. Pronto. O pronto de ônibus parou de funcionar, e ontem eu quis teleamar a novela das oito é terrível... eu sou mexicaniorientado e não americanizado. queria dizer que o meu desterro vai ser lindo. Mais tudo bem: as pessoas andam mortas, e eu tô morto que nem o beatle bonitão. AntemdeOntem eu disse o seguinte: muito bem, fiquem aqui. E responderam: não. E eu disse: Ok, vocês são lindos. E responderam em som uno (viva a puta que pariu do comunismo): sabemos. Eles são fumantes, e tecnos em tudo o que fazem. São alemães, gringos, eu sou o único latino ali, e acho isso muito bom, p'ra minha 'athlma que tem estimo abaixo de zero. Eu sei disso muito bem, só não vai quem já morreu. Entendeu? Aprendeu? Eu acho a escola a pior coisa que os gringos da grécia conseguiram trazer prá cá. Eu disso isso ao meio-dia: eu não valorizo nenhum padrão de estética ou de beleza... eu aprendi do jeito mais antemporal a ler: sozinho. E ainda querem que eu acredite nos professoras? Esse desentendimento é psicológico e eu não mereço perdão. Obrigado por tudo cretinos e cretinas do meu coração. Eu pretendia dizer essas coisas depois da minha morthe, mais eu resolvi dizer isso prá brincar um pouco e rir dessas regras grámaticais estúpidas, que los ricos cariocas querem que seguimos. Cinco minutos depois eu vou dizer: besta é tu, que é tatu, vai tomar no...
sabem isso tudo é menos inspiração do que regras, e eu quero é que essas regras vão pro inferno, e quem as inventou vá junto também.
 Eu já sei: o medíocre são os que não sabem, mais eu sei muito, eu sei que o Brasil não é rico e os americanos são mais finos do que toda a América Latim-na junta. E por isso eu digo: abaixo os gringos europeus. Mas faz muito tempo que essa revolta se expressou nas palarvas da escrituras ságradas, que reolharei um dia. Tudo isso é uma coisa de tempo: esse filho da puta gosta de brincar muito com nós, seres um(o)anos. Eu disse que ontem foi ontem e o hoje é belo e hoje é um dia depressivo demais... eu tô com calor no pensamento, e estou ficando louco meu tal oitocentos. Ontem eu ia escrever uma carta pra mandar pra TIME. É que eles mandaram uma resposta e eu adorei: eles disseram: _ "Você acusa os gringos e nós acusamos o Oriente Médio, e você usa muitos "tal" na sua escrita, e você ressugere que nós matemos as ideologias francesas e holandesas em nome da boa democrâcia Italiana. É um assunto muito. Muito. Mas. Nada. Muito. Delícado. É uma questão de estado e nós norte-americanos só invadimos os países que amamos, que são vocês do lado south. Só queriamos introduzir você pra isso, você é um jovem-loucotino americano que não vale a pena nós pagarmos para lerem as suas críticas sobre músicologia ou brasiologia ou putaologia ou tudo isso que vocês do Brasil inventaram ou inventarão. E por isso mandamos esse abraço saudoso pra você que deve tá de tanga dançando funk com as cadelas negras do seu país".
 Eu li isso e me enchi de odeio e respondi: não há cadelas negras aqui, são cadelas e pronto. Não sou racista não. eu toco violão.
 Eu sei que isso é tudo brincadeira, e quinze dias eu nasci e em dezessete dias eu morri, e eu sei que duzentos e oitenta e duas pessoas não ligam pro rock and roll dos negros.
 ontem (juro que ontem já foi hoje), eu deitei na cama e ai li um pouco e nem sei onde minha alma foi descansar. eu sei que é uma coisa meio distante; essas coisas de teorizar loucuras sobre o povo e etc... o povo é a janela pra ele mesmo: a músic popular brasileira não deve nada ao tango argentino (e eu gosto de Gardel como gosto de chocolate e amendoim, ou esse terrível termo "WORDL Music' que é uma junção americana (anglo-sâxonica é lógico) pra humilhar nós, nada conhecedos de música: africanos, latinos, austrálianos (eles são tão saxões quanto os portugueses). é que eu tô cansado de esconder a minha nudez tropicál. eu vou me embora quando chegar a hora. E lá na Alemanha eu vou eu vou decifrar os mistérios de Gothe e da gálaxia de Haroldo de Campos.
ontem (que diferencio de hoje), foi um dia assim: o galo cantou ás sete horas; deu a tarde e o galo cantou as duas horas e anoiteceu e o galo cantou de novo. e Hoje eu misturo algumas alucinações psíquicas com a misturologia dos astros do céu. Eu sei que isso é inútil para mim, que não tenho cultura suficiente (já provaram que só se pode filosofar em alemão e isso é na contra-mão e eu me apróximei e disse: stop girl, do you my here come the sun. Eu não sei o inglês corretamente e por isso eu prefiro falar em chinês com algum coreano que saiba português. Eu tô me arriscando na prosa e tô com medo da minha poesia me deixar. ok, vou ouvir música. meu sonho sou eu. Gracias mi padre! Eu tô dizendo que a estrada é de ouro e ninguém vê... será que essa flor terá um beijo meu contido nela?
 Eu li Machado e chorei, olhei distante e me senti triste, porque os contos dele são gêniosos e são puros, são místicos, são gloriosos, são espectrais, são letais pra mentes ingênuas como a m'inha e eu chorei depois que eu acabei o conto da escola, e olhei pro nada entre mim e o abismo da athlma e eu pensei nela e ela nem pensou em mim e eu acreditei nela e ela me abandonou e eu me encho de tristeza, ira, amor, e paz, e amor, e paz, e amor, e tristeza, e nada me diz, nem ela diz, e nada se diz, e nada se re-diz eu sou o que anda. A elis da questão é que a Regina é uma ótima cantora. É tanta tormenta e alegria: que não, eu sou sem coração.
 Os portugaises escreveram muito, e o Fernando é uma pessoa muito gentíl. Esse meu dente na sua veia, é um silêncio. Momênto.
Eu queria muito (nem tanto) dizer que meu ego é uma porcária. Obrigado (palmas). Ontem a noite o caipira discutiu a tropicália. eu ri de algumas coisas. gal bethania gilberto fagner roberto erasmo tim carlos maia. eu disse onte. não não disse. eu apenas. eu não lembro. eu queria lhe entregar a TAL canção de amor que os gringos amam.
 que se dane você e o diabo. Queria, quem já morreu?
 A erudição da música popular e sua janela e sua hipocrísia e sua vida, é uma coisa falha. A músicologia popular é uma questão neutra. eu sou um bossavista muito novo. O rock brasileiro é uma questão viva e nunca ultrapassada. a bossa-nova é muito nova. quem não se choca com esses modernos que cantam "vai minha tristeza", "caí não cai", o barquinho vai, morena boca de ouro, vivo esperando e muitas outras? eu me choco é com o joão gilberto. Ele não é um deus no sentido da palavra em greco-romano e nem sequer quer uma relação dessa: vou ser breve e em cores: João Gilberto é mago, bruxo, poeta, que luta contra o silêncio da morte. Eu sei que ele representou a vida, o modo de cantar, o baixismo, não o grito. Ele gritava imitando os ídolos dele. ele não grita. ele é meu ídolo. eu canto baixinho como ele. ele cantando é um assombo, uma teogonia, é assim que nasce a voz de fora: o sussuro dele é um jazz.
 Foi bom eu entreabrir nessa questão: a bossavelha é um jazz novo? O nosso jazz? O jazz latino? O que o Joãozinho fez na música foi é abrir os lugares, foi transbordar de luz viva a América Lusitâna, nossa pobreação de cultura e cantores do bel-canto enojou o cérebro desse gênio que não gritou: sussurou. Inovou. Variou. Abafou. Vibrou em um gêmido de tristeza e leveza. O canto bossanovo foi um abre-alas do caralho. O pato representa isso, do ensaio e da tentativa de introduzir uma religião nova na velha-guarda. E tem o tom o vini, a nara, o menescal, e todo o resto rico dessa parte. e a bossa nova foi isso. amém.
 A jovem guarda já foi rock, foi jovem, foi tudo: revolução e depois desencadeou a tropa-de-cálias baiana, e ai eu não resistir e fui em frente. Os carlos são diferentes em si e a sí. eu brinco nisso porque eu tô falando muito sério. O estilo de cantar de Roberto Carlos (livre, espontânea e cheia de vida) causou muitos intelectuais da música (Augusto de Campos, por exemplo) escrever que ele estava muito mais ligado ao ritmo da bossa nova de João Gilberto (criador) cantando rock, que Elis Regina (que dirigiu o programa no Brasil "O Fino da Bossa"). Eu quero que isso seja usado na minha implantação como crítico desse movimento, que foi moderno, foi puro e foi perfeito. O rock and roll trouxe os carlos: o rei da juventude e o tremendo, e trouxeram vida a tudo o que cantaram. Muito bom. (falarei mais deles no séxo dezoito).
 Essa desorientação da música, para o sertanejo deve ser concreto: vivemos num país burro e populanalfabeto. Então que seja a experiência da música essas coisas: música, vista o casaco e vêm.
 a eterna música é um ensaio por sí só. eu vou mergulhar mais fundo depois. eu sei que a música tem que ser tão revolucionárusada quando a montanha-russa.
 são coisas tão toscas. domingo no parque do gil é uma evolução no som entre guitarra e músicas nordestinas (quem percebeu isso? o povo ou os intelectuais?). Seria até uma trégua se eu risse disso tudo, como se a música fosse uma preservação de valores nacionais ou exteriores. Eu sei que esse algodão músical é uma coisa pra se entender, araça-azul manera frufru dois  albuns que são um sertão de paixão. Paixão ou não eu não sei não. Eu sei que isso o que eu quero entender e poucas coisas eu tenho a dizer e tal e por isso eu fico quieto e manero um pouco nas coisas que eu vou dizer aqui pra me expressar, a música popular brasileira é um peixe vivo que se mexe. Chuchu ou não, escutemos-a então.

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