MORCEGO
para cruz e souza, o magnífico
Vejas que horror: um morcego!
Mas não tenho medo desse ser
Belo e negro que na parede a ter
dorme e repousa mudo e cego.
Esse morcego é a humanidade inteira,
Que em crenças se penduram
antes que suas carcaças sumam
Igual a podridão quebrando a madeira.
Oh, morcego, não voes ainda
Já que tens o significado inteiro
Da minha vida sem roteiro.
Oh, morcego, tu és a virtude
Da verdade que não confunde
A solidão de nossa vida.
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