O balcão de vidro,
essa seiva de outono.
Balcão de vidro,
olhos de gavião,
está aberto a entrada.
Nesse balcão o menino
pequeno vende limão e laranja.
No balcão de vidro
um enferrujado coração
descansa com memórias
tristes.
Há no balcão de vidro
a lembrança de uma peregrinação.
No balcão de vidro
se vê de tudo:
alma, gafanhoto,
amendoim e furacão.
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