segunda-feira, 22 de abril de 2019
O autor
Não há nada para fazer ao se ser um escritor e
Sentar diante de janelas e sombras para
A qual não nasceram o sol ou a lua.
E nessa cegueira só existe coisas absurdas.
Descrever a serenidade com a obtusa
Visão de quem talha o mar ou o céu.
Deixando fluir o que não pode ser
No mel, a cinzas, o porto, o véu.
Moedas que se calam diante do destino
Arenoso, a selvageria dos seres humanos,
Fórmulas que os místicos físicos
Quiseram encontram na pedra filosofal.
Daí um pouco de água ao rei Guerreiro
Que morre de sede diante de uma fonte.
O que jorra longe das mariposas é
O jardim, a casa, os espelhos, as foices.
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