Distante, pelo campo vou,
areias nos dentes,
véus de ventos,
cobrindo a melancolia
da carne das toupeiras,
distante, vamos,
e o campo é agridoce
porém, o sol sírio é
quente.
Abrimos a porta,
prosseguimos
as horas tantas
enquanto viravamos
luas, tumbas,
anjos e santos
pela cidade adentro.
Deus que me livre!
A que hora começamos
a cantar com os
insetos? A que horas
avistamos os sapos
entrando pelas poças
sujas de lama e sonhos?
Ai, minha amada,
vens pedir dinheiro
a pessoa errada.
Pelo campo, pelo verde
campo, quantas colinas,
coração adentra lágrimas
de vinagres, serenos passados,
e a lua minguante
não pode
ser vista pelo céu
camuflado de azul.
Meu Deus, santo Deus!
O campo chora
molhando o coração
de bananeira, pó,
pedras, água,
de uma estrada
cheia de lama e poeira.
Meu Deus, os sinos
do mar
não
me alcançam daqui.
E eu disse
adeus ao campo.
E as árvores tristes
me disseram adeus...
Nenhum comentário:
Postar um comentário