Voz morena, dos dias
incontáveis. O outono
adentra tuas nádegas
negras, e mariposas
repousam em tua alma.
Voz morena, da tua pele
o perfume das rosas
exalam a dança do amor,
coroada de prata e de luares.
Voz morena, minha casa,
minha imensa nuvem negra,
onde a colher e o sol
repousam em duas asas.
Voz morena, dos dias
incontáveis. Digo que te amo.
E sentes que é verdade!
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