terça-feira, 19 de julho de 2016

Porque me considero um judeu

Porque me considero um judeu



       Eu me considero um judeu, e me pergunto com toda aflição do meu coração: onde está o pecado nisso?
Creio eu que  tenho ancestralidade marrana, ou pelo menos criei isso internamente dentro do meu espírito.
 E como a minha alma pulsa cheia de judaísmo sei que fica difícil me afastar desse conceito. Posso ter criado esse mito, esse sonho, mais me considero um descendente de marranos portugueses, pelo fato de muitos judeus terem vivido na Paraíba, e minha avó que era de lá ser claríssima e ter olhos mais azulados que uma safira. 
Desde pequeno admirei a cultura judaica e passei a ler com acuidade sobre o povo judeu. Eu me considero gentio, judeu, eu não faço distinção nem separação, apenas digo o que a minha alma deseja dizer.
 Eu sempre li a bíblia com interesse, com muita ousadia fui de trás para frente quando eu era pequeno. Ou seja, conheci o novo testamento e o velho testamento. Os cristão da igreja que eu frequento se horrorizam com qualquer menção ao judaísmo. Eu já vejo o cristianismo entrelaçado com o judaísmo, e para mim, nenhum desses dois conceitos podem alterar o que sinto em relação a Deus, a Jesus e a tudo o que coloquei no meu coração como modo de vida.
 Uso roupas judaicas, tenho quipá (que nunca visto por medo desses extremistas burros que me rodeiam), já cortei o cabelo deixando os cantos, o que me proporcionou um enorme ataque dentro de minha casa e a qual me determinei a voltar a cortá-lo apenas quando estiver fora da casa de meus  pais .
  Para mim a sabedoria e o conhecimento não geram atritos, nem rixas, nem ódios, nem rancores como as religiões fazem. Aliás sou uma pessoa totalmente religiosa, mais não tenho religião, já que me considero judeu, cristão, budista, confucionista, anarquista, poeta, profeta, levita da tribo de Zebulom e de Issacar. Deus, o Altíssimo sabe as intenções do meu ser e da minha alma, e entende todas as dores que sofro nessa terra triste e melancólica.
 Jesus, o nazareno, não era um blasfemo, era um homem reto, justo e que ensinou algo novo que o povo daquele tempo aceitou como eu mesmo averigo em vários trechos dos evangelhos. Considero-o o messias, e assim como o Filho Unigênito, não vejo nenhum problema nisso, já que todos os seres são segundo Spinosa, um filósofo judeu que eu admiro, parte de Deus em uma unidade apenas. 
 Agora os judeus como religião não aceitam essa ideia e argumentam sensatamente o motivo. E eu até mesmo cito uma judia que escreveu mais ou menos isso (eu devo alterar mais o sentido será entendido): Ora, se o messias já veio, como os cristãos os dizem, basta apenas se reconhecer isso os  judeus dizendo que estavam errados. Mais se não veio, esperamos que venha e quando chegue tudo será explicado. Não há motivo para esses ódios.
  Concordo. Aí está a minha carta de explicação pelo motivo que eu digo que sou e me considero um judeu, mesmo não sendo reconhecido por uma parte, nem por outra, em Jesus me considero filho de Abraão e tenho herança para entrar na sala do trono para adorar a Deus.

Espero que tudo seja esclarecido um dia com luz.

 

A paz seja com todos os seres!
לימון ז. א.

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