Te quero pouco
te quero tanto
e não te quero.
Quero sim sentir
o vento,sentir o
passar das mãos
amigas, e não
dos amigos falsos.
E quero pouco
E te quero, e não
te quero e não me
queres, e não precisas
me querer: canto e
voo sem destino,
por entre rostos
e gentes, políticos
e assassinos...
Pouco é você pra mim
com teus olhos de lagostas
com tua curva de cavala.
Tanto é você pra mim,
que me enjoou de tantos
braços e tantas caras mortas
e tantos mortos como ti, donzela
morta.
E você não espera os sonhos,
e tens pressa de fazer um filho
saltar-te do corpo. Corpo que
é vivo como a terra solitária.
Pouco e tanto
e ergo a taça do
vinho
por que sou um pássaro
e você queimou meu ninho...
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