terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

Olhando os pombos que carregas
em cima do teu 
umbigo de safira
em silêncio
tua boca abre
E dela uma breve 
e quente brisa passa
Rabiscando as mãos 
e os pés de arvoredo.
Olham-me
e já não sei dizer

mais quem me
olha...

Se são teus olhos
ou as rajadas
das ciganas
alheias e
abandonadas.

Porém, é
você quem carrega dois pombos
que não voam, pois já encontraram
o refugio breve em ti mesma.

E eu encontrei o refugio esperado, minha querida,
Não em mim mesmo, nem fora e nem dentro dos meus osso,
Mas sim, em sua pele de italiana rosada, de romana egipciana.

Os pombos que carregam
vagam para
cima do meu
peito.

Ah amor, e que
grandioso banho
de leite foi este?
Leite de suor e
corpos lambuzados
em mel.
Tu
como a tulipa
e eu, como o peregrino.

A outra me rejeitou
A outra me abandonou
Mais apenas tu carregas
Pombos dignos de cânticos
apaixonados.

Não amor, não se vá
Para os braços de outro,
Nem se perca nos braços do antigo.

Sou eu quem te chama, quem te quer, quem te espera.

Deixa-me habitar o seu peito
Enquanto tu habitas o meu.

Dois pombos unidos
foi o que vi em teu corpo
Quando nos amamos unidos!

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