para Andressa Parra
Falavam
teus olhos:
céu e mar
e alguém
para amar.
E caminhamos
pelas areias
do oceano.
Foi tua boca
minha boca,
e teus lábios
o vinho dos
lábios meus.
Tu e eu
como duas
raposas sem
covil,
duas
corujas
cegas e
sem toca.
Teus olhos
cantarolavam
como carambolas.
E os meus dormiam
como um calendário.
Foste minha, e eu fui
Teu, e teu foi meu corpo
E teu corpo foste meu.
Mais tu, andressa, tu
Nada esperava do oceano.
E eu passei por teu corpo
de onda, e tu segurou meu
corpo de baleia triste.
Foste minha e eu fui teu.
E nós dois, amor meu, nos
Amamos diante do azul celeste,
do céu e do mar.
Agora, vai-me e
agora, vou-me,
e para onde vou
deixar meu corpo
de baleia triste?
Tu caminhas,
e eu caminho
e vou-me
até quando, andressa
para longe do teu rosto
de donzela que bebe cerveja?
céu e mar
e alguém
para amar
e o oceano
unindo teus olhos
e os meus, amor meu
em laços, em fogo, em chama.
Outra vez: adeus
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