I
Amor...
Quem cala agora a solidão do coração?
Quem cala todo o sofrimento dos astros
Que cintilam distantes e gélidos em sonhos.
Quem...?
II
Quero que
seja apenas
você a amar.
E o mar?...
Dane-se
ele e seu
tenebroso
corpo de
água com
algas. Não
o teu corpo.
Vêm
Com ele
em forma
de
sereia
que tu és.
E banha-me
com o óleo
da tua cauda
porque devoro-te
como qualquer baleia...
III
Nua
és tão simples como a castanha.
Coberta
parecer mais uma bailarina triste
do que uma apaixonada amante.
Nua
carregas dois seios como navios solitários no atlântico.
Coberta
lembras o castor tímido que passeia pelo dique que construiu com a madeira
das árvores solitárias...
IV
Ai amor, é só isso o que me sobra. E quase nada tenho. Adeus.
Nenhum comentário:
Postar um comentário