quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

Quatro fragmentos

I
Amor...
Quem cala agora a solidão do coração?
Quem cala todo o sofrimento dos astros
Que cintilam distantes e gélidos em sonhos.
Quem...?

II
Quero que
seja apenas
você a amar.
E o mar?...
Dane-se
ele e seu
tenebroso
corpo de
água com
algas. Não
o teu corpo.

Vêm
Com ele
em forma
de
sereia
que tu és.

E banha-me
com o óleo
da tua cauda
porque devoro-te
como qualquer baleia...

III
Nua
és tão simples como a castanha.

Coberta
parecer mais uma bailarina triste
do que uma apaixonada amante.

Nua
carregas dois seios como navios solitários no atlântico.

Coberta
lembras o castor tímido que passeia pelo dique que construiu com a madeira
das árvores solitárias...

IV
Ai amor, é só isso o que me sobra. E quase nada tenho. Adeus.

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