sábado, 9 de março de 2013

lugar nenhum


 Não chegaram a lugar nenhum, mesmo caminhando tanto, então desesperaram-se e passaram a discutir entre si. essa presa não nos fez chegarmos a nada, grunhiu o de cabelo preto, aqui estamos mais aqui é a onde? do que vale chegarmos num lugar desconhecido se não sabemos o que temos-a fazer ali. refrescaram-se junto a brisa, todos pararam de discutir, quanto viram se aproximar as três irmãs próximas: a morte, a fome, e a loucura. o homem que a pouco falara calou-se e poi-se a limitar a escutar o que dizia o jovem que vinha com eles, chegamos ao derradeiro, parece que aqui é o limite da vida. como entende-la agora com essas três irmãs a se aproximar?
o que estão fazendo aqui? perguntou a morte. procuramos abrigo, algum lugar para descansar. e acham que aqui vão ter sossego? perguntou-lhe a fome. não temos outro lugar, se expulsos fomos de nossas origem e significados. A loucura foi a última a falar: pois então fiquem conosco, e assim viverão em paz. Eis que o amor apareceu atrás de uma gruta, não acreditem nelas e nem em seus delírios, acreditem no amor, vivam por ele e para cada si, pois são essas irmãs que irão atormentar seus herdeiros que hão- de habitar no porvir.

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