Uma ausência ou uma saída?
Dá-me sr. Poeta uma ferradura
Para que nesse frio sem ternura
Bata-me um calor com brandura
Para que as cores de uma fotografia
Morta como um túmulo vazio
Encha-me de glória e vadio
Eu veja essas pessoas tão inconformadas
Não luto por elas, luto por palavras
Alienado um fracassado e vejo o fogo
Celestial dos poetas que são afogados
Vamos Sr. Poeta, arrogante e frio
Morra pendurado como um abutre
Pois seus cabelos grandes e feios
E seu rosto sempre abaixado na
Fotografia morta e sem alma
É como uma palavra solta
Na lamuria da vida: de fome morremos
Não como aqueles que não sabemos
Morremos de amor que a dor é menos.
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