terça-feira, 27 de novembro de 2012
De mim antes do por-do-sol adentro do rio /
De mim eu não sabia antes que
Antes que a lua subiparecia acima de baixo.
De mim antes do por-do-sol adentro do rio
As águas escuclaras falavam em latim antigo:
tudo já estava escrito antes do dito.
Estremeci amargurado de dúvida em dúvida
E no ponto alto do trigo, a melancia repentiniou:
Suba suba suba logo
Ao longe das águas noturnas
Vá viver sua vida
Distante de tantos filhos da puta...
Graças a isso os parduaves deram palmas
E rosnaram os grimilhos de alegrimas de feliztreza.
No alto do jardim diziam antes de mim a brandura:
Curva, curva, corva corvo. E entraram antes de mim
E eu não sabia antes que o sol apenas abandonava
Os infelizes na escuridão das trevas.
Mas antes eu gritava (como bom cristão da escuridão):
Aleluis aleluias, e os religiosos botavam fogo
Nos heregidos pelo povo da nação para virarem carvão.
De mim, graças a garças do Senhor dos seus Céus me vi
Diante de uma tribuna de antis e sorri como bom passarinho
Nos carinhos dos seios de uma boa mulher do amor que Deus ainda ir Dará.
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