domingo, 4 de novembro de 2012

Angélica! conto


Angélica! Seu nome escrito assim: "A" e "n" juntos. Um nome divino para mim. Escrevi ele um dia, nas areias de uma praia tropical. Não me lembro se no México ou no Rio de Janeiro. Talvez foi no Rio. Eu bem posso mentir... poderia dizer que escrevi seu nome em Paris ou em Nova York. Não me daria nada, não me traria você de volta. Em nenhum momento pensei nisso. Ainda gravei seu sorriso de despedida, naquela tarde chuvosa. Eu com uma gripe, nariz escorrendo e os cabelos (eu tinha acabado de cortá-los) molhados. Corri atrás de você, por pura besteira é claro. Seus cabelos loiros, foram a última coisa que consegui ver, e você nem sequer virou seu rostinho angelical, e nem me deu o seu sorriso de anja/mulher.
  E gravei essa cena em minha mente. Mas que cena triste, daria um belo filme hollywoodiano. E você seria a atriz perfeita para o papel da magoada, e eu seria (como é de costume) o homem vilão da estória, o traidor, sem alma ou amor. E no final eu te veria com um homem rico da Arábia, dentro de um carro, ou melhor, de uma limusine. Eu estaria trabalhando como um garçom em um restaurante chamado "El  gusto del cliente". O destino teria nos reservado isso, se eu fosse o americano safado e você a latina mocinha. É ao contrário o ocorrido, embora tudo isso seja fruto de minha imaginação. Me perdoe Angélica, mais eu... eu me lembro muito bem no dia em que te convidei para tomar uma coca-cola, junto com a turma intelectual de que eu fazia parte.
   E você me encantou muito com seus argumentos coerentes sobre o existencialismo sartreano, sobre a bossa-nova, seus amor pelo jazz (e o meu também). Nossos cineastas preferidos eram os mesmos: Woody Allen e Bergman.
 Isso talvez tenha nos unido sem querermos, não é? Não consigo te escutar daqui, escrevo diante do mar, e as ondas ecoam sobre o meus ouvido, como se fossem músicas clássicas. E que vontade de ser ao seu lado... eu tinha essa vontade. Se eu tenho?
 Angélica! Tudo está coerente, e eu me lembro do dia em que fomos assistir Manhattan no cinema, e eu toquei sua mão e você apertou a minha, depois virei seu rostinho de mulher, e você me atacou como uma tigresa. Mero surrealismo: você atacou minhas vísceras sem piedade, rasgou meu coração com sua boca cheia de dentes pontiagudos, suas garras de felina me arranharam o peito e você me fez feliz, feliz como nunca fui.
 Me lembro disso como se tudo não passasse de um sonho. Um mero sonho, algo que aconteceu... Será mesmo que aconteceu? E ainda você está agora? Realizando seu sonho e visitando a Suécia?
Eu ainda me lembro desse seu desejo pelos suécos. E quando você brincava, dizendo que um dia eu receberia o Nobel? eu te amava absolutamente. Você vai receber o nobel em Estocolmo, acredite em mim MON AMOUR.
 E tudo isso se foi, acabou nosso amor, não é Angélica? Como se tudo não passasse de uma mera brincadeira, de um mero divertimento para você. Me perdoe essas lamúrias, continuo APAIXONADO. Nada disso valeria a pena escrever, se não fosse o real do irreal do meu peito. Angélica, Angé, Lica; Lica... Minha Gé! AnjaéLica minha. Como essas brincadeiras de palavras podem me ajudar a revelar meu amor por você? Angélita!
 Com toda certeza você excluiu meu número de telefone do seu celular. É tanta modernidade, e mesmo assim eu não acharia o seu número na lista telefônica, por que ela só cobre... aahhh, quanta tolice. Isso não é nem literatura. Tenho que parar de reviver o passado. Você não me entenderia.
 Angélica!
 você foi fascinante no nosso primeiro.............................. coito. Foi uma coisa estranha, concreta, nada surreal...
 Se você gostou? Não me lembro. Você gostou não gostou? Gostou. Creio que sim. Ana, Paula, Julia, Lina, nunca reclamaram. Mais você é a única que me trancafiou no prazer carnal... Esse prazer... A Angélica, seu sorriso de ninfeta me aperfeiçoou, me sugou. Eu continuo a pensar em você. EM VO-CÊ. Vo^cê sabe que sim não é? Seus seios oo em direção aos meus olhos. E eu delírando, minha boa Angélica. Isso é uma recordação cruel de você.
 De você Angélica! Com "A" e "n". E tudo isso por amor... ou dor...

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