quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Soneto para a Filha do Mar


Queria lhe escrever os versos mais doces
Que meu idioma poderia lhe dar... Mais
Não entenderias, pois foste criada no mar
E só a língua do mar podes decifrar.

Mais eu decifrei a língua do amor profundo
Esse amor que brota, é filho do mar... Que
Seria de mim sem poder lhe ofertar
Minha profunda paixão, ó menina do mar?

Criada entre algas, baleias, tubarões
A areia da praia criou seus seios, seu rosto
Esculpido pelas filhas de Poseidon...

O que resta de mim? Lhe escrevo um verso.
Esse mesmo, tão puro e amoroso, até parece
Que lhe ofertei o meu túmulo de morto.  

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