terça-feira, 22 de maio de 2012

Ode a maça


Cravo meu dente
em seu corpo 
vermelho.
Quando
estás tão viva
eu me banho 
no teu gosto.
És vermelha
és verde
não importa a sua
cor: és minha amante. Acaba
com minha fome. E come-la
é o prazer mais incrível.
Seu gosto
aprofunda o paladar: se torna 
em minha língua uma víscera.
És o fruto proíbido
da paixão, ou me engano?
Somos amantes
apenas por
debaixo dos panos
por que você encobre
tantos... tantos... tantos...
aos homens e as mulheres de
bom gosto. "Bueno gusto", TALVEZ
hablaria Neruda.
Mais eu sou testemunha
de sua sedução
e de sua fachada: és comida
E Nua 
fica sem casca.


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