sábado, 7 de setembro de 2019

Vós



Vós
Que não vêem
O sol pelas estradas

Dizei para mim
O homem sem alma
Se a cor do arco íris
Esconde rouxinóis e vinho.

Não.
Deixai o mistério
Coroar meus olhos sérios
De duende.

Eu me morro a cada dia
E em cada onda me renasço.
Eu me vou como um pequeno
Cogumelo de gelo.

Vós
Que sois seres de alma
Dizei a minha alma
A aflição das cores distantes.

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